29 fevereiro, 2008

máscara



já que é assim, deixa então que eu mesma escolho a minha máscara. me parece tão cruel esse sistema, ninguém ser quem parece ser, mas faço diferente. já que não sou eu tão fútil assim, mesmo querendo não ser tão comum, mas sendo condicionada a esse jogo, farei jus a minha escolha. quero aquela máscara ali, aquela tão parecida comigo que até me confunde, eu arranjo a minha forma de fugir desse quadro taxado. pego e coloco e até dou uma olhadinha no espelho, pra confirmar meu potencial de escolha. mas ao observar melhor começo a ver que ela não se parece comigo e sim com quem, na verdade, eu gostaria de ser, é uma projeção das minhas buscas. e acho até que esse negócio de máscaras não é tão ruim é assim, vejo até que me cai tão bem. então arranco de vez... o rosto que se encontra em baixo dela, pra não parecer assim tão doble.




2 comentários:

Belle disse...

me ensina a escrever vai
kkkkkkkkk...
brincadeira, já que não escrevo bem, eu leio o que vc escreve mais do que bem.

gostei desse, ele vai pro corredor daqueles que sempre leio qndo venho aqui.

Anônimo disse...

Gostei bastante de seus textos, parabéns!

Todos nós temos lá nossa "prateleira" de máscaras.

:D