04 maio, 2008

colheita

você tem o mundo, muitas coisas e algumas mãos. as suas e outras próximas que te completam.você tem muita coisa ao redor, além das já casuais, e às vezes quase nada nas mãos. mas não faça essa cara de descrença agora, se deixe entender mais tarde e agora só escute. eu explico.

pois bem, e quando quer pegá-las, suas mãos - as duas ou algumas - não parecem o suficiente. você só não sabe como crescer e apanha-las, nem como diminuí-las ao tamanho da palma da mão... mas você tenta. e consegue colher algumas, as possíveis, as que tiverem ao alcance, ou as que você quer somente, e tenta ajustá-las nessa página.

e de repente elas crescem, tomam algumas proporções imprevistas... e das coisas que você acha ser insuficiente, você tira de lá exatamente o que precisa pra alcançar as demais.

e é da ausência do que dizer que vejo minhas mãos sem calos, vejo minha mãos caladas, sem coisa alguma. e no fim você vê que só precisa aguardar um pouco, colher o que pode, soma-las a você e crescer com elas... de pouco em pouco... na medida certa.

e isso foi o que eu alcancei hoje.

eu junto minhas mãos às suas e podemos alcançar o distante.

se existe uma fórmula, talvez seja essa.

Um comentário:

Srta. Pinheiro disse...

Uma vez eu me impresssionei com um cara dizendo que são as mãos que revelam a nossa idade, não há plástica que resolva.

Eu acho que as mãos ( e o que trazemos ou não nelas) tem um caráter revelador sobre nós que vai além de dizer sobre a nossa idade.


mãos à obra!


;)