a cada passo eu tento prever o seguinte, como se a estrada fosse sempre tão plana e homogênea, só porque fui eu quem escolheu e comprou esses sapatos. como se coordenar o movimento dos meus pés fosse suficiente para impedir o perigo logo a esquina. mas ao dobrar outro mundo.
e assim mesmo sempre impelida a ir com cautela e olhar sempre os dois lados antes de atravessar, como se apenas isso bastasse.
os machucados que carrego a cada passo superado e pegada deixada por misericórdia aos segundos passados, não me trazem aos ouvidos o aviso que impede o tropeço, a queda. mesmo que seja apenas mais um de tantos que houveram. mesmo que seja só mais no mesmo lugar.
tantos sinais ao redor que nada me comovem. eu movo meus pés com destreza e harmonia que copiei de alguém. seguindo como quem sabe aonde vai, mas ninguém sabe que sigo os caminhos que se atreveram a minha frente, na fuga de não me manter parada e no risco de não ir a lugar nenhum. quero apenas que me vejam passando.
e dentro de mim eu sinto o quanto custam meus calos, na tentativa de dançar, de saltar, de correr. mas não saio dos mesmos passos errados e pesados. errados, pesados e doloridos, que em mim eu acredito que não há caminho que me compense uns sapatos confortáveis. mas eu não paro de dançar. que me vejam passar. que me vejam.
parece que embora ande nunca saio do mesmo lugar.
eu ouço rumores de alguém que decora meus movimentos e que quer me trazer uns sapatos bonitos e leves para que eu não pare. mas dizem também que há um caminho [o caminho] a ser percorrido até lá, mas que há um acompanhante oferecido gratuitamente pra quem decide ir encontra-lo. imagine só... gratuitamente. e ele te leva nos braços.
“ a estrada do justo é como a luz da aurora,
e assim mesmo sempre impelida a ir com cautela e olhar sempre os dois lados antes de atravessar, como se apenas isso bastasse.
os machucados que carrego a cada passo superado e pegada deixada por misericórdia aos segundos passados, não me trazem aos ouvidos o aviso que impede o tropeço, a queda. mesmo que seja apenas mais um de tantos que houveram. mesmo que seja só mais no mesmo lugar.
tantos sinais ao redor que nada me comovem. eu movo meus pés com destreza e harmonia que copiei de alguém. seguindo como quem sabe aonde vai, mas ninguém sabe que sigo os caminhos que se atreveram a minha frente, na fuga de não me manter parada e no risco de não ir a lugar nenhum. quero apenas que me vejam passando.
e dentro de mim eu sinto o quanto custam meus calos, na tentativa de dançar, de saltar, de correr. mas não saio dos mesmos passos errados e pesados. errados, pesados e doloridos, que em mim eu acredito que não há caminho que me compense uns sapatos confortáveis. mas eu não paro de dançar. que me vejam passar. que me vejam.
parece que embora ande nunca saio do mesmo lugar.
eu ouço rumores de alguém que decora meus movimentos e que quer me trazer uns sapatos bonitos e leves para que eu não pare. mas dizem também que há um caminho [o caminho] a ser percorrido até lá, mas que há um acompanhante oferecido gratuitamente pra quem decide ir encontra-lo. imagine só... gratuitamente. e ele te leva nos braços.
“ a estrada do justo é como a luz da aurora,
que brilha cada vez mais até ser dia perfeito” [pv 4:18]
5 comentários:
demorou, mas valeu a pena...
matei a saudade agora!
nada que uma boa 'cobrança' não dê jeito.
nesse caminho, eu ia até de joelhos... mas tendo Alguém que me leve nos braços??
'Moleza'!!
Otimo texto.. *_*
tbm ouço rumores que...caso vc nao queira ficar no braços..quando seus pés estão no chão ele te guia pela mão direita..
Tainara está aprendendo a comentar ou impressão minha?
rsrs... interna!
ter uma pessoa que pode te levar nos braços, e ainda te guiar pra onde você for, bom demais né? a pessoa não precisa nem ficar preocupado por onde seguir, nem se cansar por isso...
massa seu [demorado] texto!
:D
=***
"imagine só... gratuitamente!"
^^
Bem aventurados os seus pés, moça.
E estamos juntas nesse caminho.
=**
(pc quebrou de novo, acredita?)
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