30 janeiro, 2008

sem pôr os pontos nos i's



e juntando todos os pontos, não deixou um sequer esquecido, pegou os do ‘i’ e também do ponto final... e estes também levou! pois lhe ensinaram um dia que as coisas era feitas de linhas, não de telefone, nem de crochê, mas aquelas feitas de pontos. o ponto então seria incrivelmente o princípio, a matéria-prima de tudo na terra, no universo, na vida e todo o resto. e só. pois com os pontos se criam, se inventa, se constrói, como tijolos arquitetamente posicionados até se formar seja lá o que for. e então colocou-os, arrumou-os. onde bem quis. porque quis fazer um mundo. diferente tirando. e colocando e transformando. em coisas. qualquer que talvez. nunca existiram.


[com quantos pontos são seus sonhos?]


vai um café aí?

28 janeiro, 2008

acomode-se



se as letras te inspiram; se as frases que você encontra[ou te encontram], você as guarda para o momento que a merecem; se você busca a magia das palavras em cada pedaço que se encaixa; se você as saboreia e busca o seu valor; se você as testa em várias ordens, de todas as formas, pra buscar a que ninguém nunca ousou fazer; se você ao ler uma história que gosta sente inveja e pensa porque não foi você quem a escreveu; se você se faz letra, se faz livro, se faz filme... e de repente quer ser construído, modificado, inventado, folheado... você é um pouco como eu.
mas penso que não me cabe aqui. não sou nem grande, nem pequena. e não me cabe porque não sei com quantas letras eu sou.
a minha história se mistura com as que leio, crio, improviso, que pego em emprestado... e são essas que vão seguir aqui... com pouco ou nada de mim... até onde eu conseguir convence-los.


puxe a sua poltrona e acomode-se, pois me revelo aos poucos.


vai um chá aí?!